Jofran P. Oliveira

psicólogo/psicoterapeuta – crp 06/125148

Crise…

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[CRISE] Em uma situação dessas onde as pessoas percebem seus sonhos mais distantes, seu padrão de vida sendo deteriorado e porque não, sua sobrevivência ameaçada é perfeitamente natural que surjam sentimentos negativos: angustia, medo, ansiedade, tristeza, raiva, ódio e tantos outros. Podem aparecer conflitos familiares, problemas no trabalho, brigas injustificadas, etc.

Segundo a imprensa em geral, o país passa por uma crise econômica gravíssima. A inflação está alta e os juros mais ainda. Os comerciantes dizem que as vendas caíram e as pesquisas governamentais que o desemprego aumentou. Os órgãos de proteção ao crédito mostram que o nível de “inadimplência” também aumentou consideravelmente. Fora os indicadores econômicos, fala-se também de uma “crise institucional” que decorre da perda de confiança da sociedade nas instituições públicas.

Não há como saber se tudo isso é verdade (ou não). Normalmente a imprensa comete exageros e há verdadeiros tratados de sociologia e psicologia sobre as formas como os meios de comunicação em massa afetam a opinião pública e os humores das pessoas.

O que acaba acontecendo é que uma expectativa negativa externa à pessoa, ao indivíduo acaba por contaminar todo seu entorno: suas relações pessoais, familiares, profissionais e uma coisa acaba por “re-alimentar” a outra e a perspectiva negativa acaba tomando a forma de um monstro indomável.

A sensação final pode ser de que as coisas “estão cada vez pior”. É comum escutar frases do tipo: “não tem mais jeito…”, “vou embora daqui…”, “alguém precisa ar um jeito nisso…” e assim por diante.

O estresse gerado pela avalanche de sentimentos pode levar algumas pessoas a ficarem doentes, outras podem desenvolver um quadro depressivo. Sentimentos de ruína podem tomar conta do cotidiano.

Nessa situação é importante perceber se esse sentimento tem um fundo “real” ou é fruto de uma “expectativa” ruim. Parar, pensar, adiar decisões importantes, evitar gastos desnecessários e, dentro do possível procurar ajuda de amigos, familiares, enfim, de pessoas em que se confie e discutir o assunto com franqueza é o melhor que se pode fazer.

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