Jofran P. Oliveira

psicólogo/psicoterapeuta – crp 06/125148

Sobre riqueza e pobreza. Alguns erros cognitivos que chegam no consultório…

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A ganancia – não existe almoço grátis baby…

Um dos gatilhos mentais mais poderosos é a ganancia. Aliás, recurso muito utilizado por pessoas que querem nos vender algum curso online. Via de regra recebo pop-ups com ofertas irrecusáveis: “Veja como o fulano ganha R$ 12.345,67 por semana trabalhando apenas duas horas por dia.…” ou então “transforme R$ 1.500,00 em R$ 234.567,89 em apenas dois meses…” e as vezes aparece algum mané contando uma história triste: “antes eu era um quebrado que nem você, andava de ônibus e não tinha dinheiro nem para ir ao cinema mas, depois que descobri o método da multiplicação da riqueza do fulano de tal, só ando de Mercedes e passo o fim de semana em Miami…”. É direito de qualquer um acreditar nessas bizarrices, sem problemas.

Juros e lucro – No longo prazo todos estaremos mortos…

Nos países hispânicos o termo para a palavrinha mágica usada no português para definir o spread cobrado em um empréstimo, ou seja, “juros” é “intereses” e a palavrinha que define “lucro” é “ganancia”. Que coisa interessante…. Os hispânicos são bem menos hipócritas que os que falam português, pelo menos é o que parece. A única verdade universal sobre “lucro” é que advém da utilização de trabalho assalariado. O lucro aumenta na medida em que mais pessoas trabalham para você. No marketing multi-nível funciona do mesmo jeito: você vende alguma coisa e parte do valor vai para quem está no nível superior e assim por diante.

Agora, se você for um banqueiro, nada disso vale.  O dinheiro vem fácil. Você paga 1% ao mês de juros na aplicação e cobra 15% ao mês no empréstimo. Fica fácil demais…. Se for bancário, continua ferrado.

Deus quer que você enriqueça…

Deixe de hipocrisia. Assuma de vez que quem quer enriquecer é você mesmo e ponto final, é mais honesto. Pare para pensar alguns minutos. O que é sucesso para você? É acumular riqueza? Mandar seus filhos para a universidade? Ajudar os pobres? Comprar uma casa na praia? Ajudar pessoas a terem uma vida melhor? Ser feliz? É possível que depois dessa reflexão o dinheiro talvez não continue sendo tão importante na sua vida, talvez ele se torne apenas um meio para atingir seus objetivos. O bom e velho Freud, que muito admiro, tem ótimas considerações sobre o assunto.

Boa leitura!

obs.: Semana que vem continuo com o caso do Zeca, o sujeito mais estressado que conheci na minha vida…

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